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24/03/2013

Samsung Galaxy Note II - review

Tablet ou smartphone? Seria foblet? Ou phablet? São tantos nomes, que fica até difícil saber qual é a categoria do Galaxy Note... Para mim ele é um smartphone. Grande, é verdade, mas ainda um smartphone. Porém essa crise de identidade não foi impedimento para o sucesso do Galaxy Note, que vendeu mais de 10 milhões de aparelhos. Para um smartphone em que a maioria apostou no fracasso, foi um número realmente impressionante.

E o Galaxy Note ainda criou o desejo por telas maiores:  Galaxy SIII, HTC One X, Xperia Z... Todos eles agora possuem uma tela grande, bem acima de 4.3".

Nada mais natural de que esse sucesso gerasse um sucessor: O Samsung Galaxy Note II. Ainda mais poderoso, o Note II traz uma experiência única de uso. O sistema Android está mais fluído do que nunca. A S-Pen está ainda mais útil. O truques que a Samsung implantou no sistema são maravilhosos. E o hardware é um dos mais poderosos da atualidade.

Características:

Tela capacitiva de 5,5" Super Amoled Plus, 16 milhões de cores, res. 720x1280, dens. 267 ppi
CPU ARM Cortex A9 quad-core de 1.6GHz, GPU Mali 400MP (chipset Exynos 4412)
2GB de RAM, 16GB de memória Flash, slot p/ cartão microSD
Câmera tras. 8MP c/ auto foco, flash de led, filmagem em até 1080p
Câmera frontal de 1.9MP
3G HSDPA até 42mbps, wi-fi, DLNA, Wi-fi Direct, Hotspot
AGPS, rádio FM, GLONASS
Android 4.1.1 Jelly Beam (update para 4.1.2 neste momento)
bateria de 3100mAh
Dimensões: 151.1 x 80.5 x 9.4 mm
Peso: 183 gramas

Design

O Galaxy Note II segue a linha de design atual da Samsung, que surgiu no Galaxy SIII e também está em outros aparelhos, como o S Duos, o SIII Mini e o Grand Duos. Sua traseira é toda em plástico brilhante, independente da cor (na primeira versão do Note, a cor preta usava um plástico fosco e a branca brilhante). Na traseira estão também o alto-falante, a câmera e o flash. As bordas usam um metal prateado. Por fim, sua parte frontal é totalmente ocupada pelo vidro, que possui as bordas na mesma cor do aparelho.

Na parte superior da parte frontal estão o alto-falante para chamadas, a câmera frontal, os sensores de luz e proximidade e uma novidade não encontrada no primeiro Note: um led indicador, que assume diferentes cores de acordo com a notificação. Por exemplo, quando está carregando, o led fica aceso em vermelho; quando existe notificação de email, ele pisca em azul.

Na lateral esquerda está o botão de volume. Na direita, o botão de liga/desliga, que foi deslocado para uma área mais central, facilitando seu acionamento em relação ao primeiro Note. Na parte inferior está o conector micro-USB, usado para conexão e carregamento do aparelho; o microfone e a caneta S-Pen. E na parte superior estão o conector P2 para fone-de-ouvido e um segundo microfone.

O aparelho é muito bonito e tem a cara da Samsung, mas ela poderia usar menos plástico e mais metal. Pelo menos o peso do aparelho fica menor e, apesar dos seus 183 gramas, o Note II não parece ser pesado, provavelmente por causa da boa distribuição do peso.


Hardware

O Hardware do Galaxy Note II é um dos melhores atualmente. No Brasil ainda não existe aparelho mais poderoso do que ele. O Galaxy Note II possui um chipset Exynos 4412, com um processador ARM Cortex A9 quad-core de 1.6GHZ e 2GB de RAM. A GPU gráfica Mali 400MP, apesar de ser a mesma do Galaxy SIII e SII, possui uma velocidade maior de processamento, com um desempenho acima desses dois aparelhos.

A tela, de 5.5", é ainda maior do que a do primeiro Galaxy Note (5.3"). Mas não foi só o tamanho que mudou, mas também a proporção, que de 16:10 no Note I passou para 16:9 no Note II. Isso significa que o Note II tem uma tela menos larga e mais comprida. Na prática, isso facilita alcançar a ponta oposta da tela em que sua mão está posicionada.

A tela continua sendo superAmoled, porém a resolução é menor do que o Note I (1280x720 contra 1280x800), por causa da mudança na proporção. Isso parece um regresso, mas a tela do Note II é melhor e mais nítida. Isso acontece porque mudou a tecnologia utilizada no arranjo dos pixels (pontos da tela). Enquanto que o Note I usa a tecnologia PenTile, onde cada pixel possui dois sub-pixels e um terceiro sub-pixel é compartilhado entre os dois, o Note II usa três sub-pixels em cada pixel, sem compartilhar. É um assunto bastante técnico, mas o resultado é que a qualidade das imagens do Note II são bem melhores, apesar da resolução menor. Nível de brilho também foi melhorado.

Completam as características do Galaxy Note II o 3G HSDPA de até 42Mbps, suporte a A-GPS, GLONASS, wi-fi a/b/g/n, DLNA, Wi-fi Direct e rádio FM. A câmera de 8MP e a bateria de 3100mAh merecem um tópico à parte.

Câmera

Não está explícito, mas tudo indica que a câmera de 8MP do Note II é a mesma do SIII, com a mesma qualidade e mesmos recursos. Mesmo assim, alguns sites estrangeiros afirmam que ela teve algumas melhorias no processamento da imagem, algo natural já que o Note II foi lançado bem depois do SIII. Porém, honestamente não vi diferenças entre as fotos do SIII e do Note II.

A câmera vem com muitas funções, como o best photo, que tira 5 fotos seguidas e sugere à você qual ficou melhor; o burst mode, que permite tirar até 20 fotos de forma contínua; o best face; detector facial; modo panorama; e o modo HDR, que tira uma mesma foto em vários níveis de luminosidade e depois junta tudo para realçar os detalhes, sendo bastante útil para fotos em dia nublado ou em ambientes com pontos de muita e pouca luz simultaneamente. Você também pode ajustar o foco em determinado ponto tocando na tela, inclusive durante as filmagens.

Algo muito legal é que o acionamento da câmera é muito rápido e o disparador é quase instantâneo, bem diferente do primeiro Note, que levava um tempo maior. A Samsung permite acionara a câmera na tela de bloqueio de duas formas, facilitando o acionamento naqueles momentos onde você precisa ser rápido: através de um atalho na parte inferior ou girando a tela com o dedo pressionado.

A filmadora do Note II também é excelente. Permite gravar em até 1080p à 30 quadros por segundo. Permite dar zoom durante a filmagem e tem um recurso muito bacana, onde é possível tirar fotos enquanto grava, perfeito quando você está filmando, mas quer registrar em foto alguma cena. A câmera frontal é de 1.9MP, é muito boa para auto-retrato em filma em até 720p, mais do que a câmera traseira de muito aparelho Android por aí.

Bateria

Mesmo depois de tirar muitas fotos, filmar,
 fazer uploads de imagem e navegar na nternet,
o Note II tem 29%de bateria após 17h21 da sua última carga
 Imagino que o sonho de muita gente seja ter um aparelho que a bateria aguente um dia inteiro sem pedir uma nova carga... Já existem aparelhos assim, e o Galaxy Note II é um deles! Com uso moderado, é comum passar dois dias sem carregar o aparelho. Utilizando de uma forma mais intensa, ainda é possível mantê-lo longe da tomada por 24 horas. Até hoje, só vi o Razr Maxx ter um resultado melhor. Tudo isso se deve não só graças a sua enorme bateria de 3100mAh, mas também pelo melhor gerenciamento de energia que a Samsung implantou em relação à aparelhos anteriores. O Note II gerencia o uso de energia de uma forma melhor do que o Note I. Agora podemos sonhar com baterias que durem uma semana...

Software/ sistema

Eu sempre fui adepto de que os aparelhos deveriam vir com o Android puro, ou seja, com a interface original do Google, sem nenhuma alteração ou personalização. Sempre preferi assim porque as personalizações, na maioria das vezes, deixa o aparelho mais lento e mais pesado. Some a isso o fato de que interfaces personalizadas levam mais tempo para adaptação quando saem novas versões do Android. Porém, após essa última versão da interface TouchWiz da Samsung, eu comecei a mudar meus conceitos.

Até o Galaxy SII, sempre achei o TouchWiz pesado e relativamente feio. Ela permitia poucas personalizações e tinha uma aparência defasada. Porém, a partir do SIII e presente no Note II, a nova Touch Wiz transforma o sistema, dando a personalização que a Samsung tanto deseja, diferenciando seus aparelhos dos demais Androids, mas adicionando recursos que são realmente úteis aos usuários.

Primeiramente, a interface está muito fluída. Claro que o hardware do Note II ajuda, mas também percebi essa fluidez na versão beta dessa interface quando testei no Note I. Ela também é muito bonita, com efeitos legais nas transições de tela. A maneira de criar pastas, adicionar widgets, os menus de apps, tudo fico pelo menos um pouco diferente da versão pura do Android, mas o resultado foi muito bom.

Mas o melhor mesmo foram os extras, como as funções acionadas por sensores e os apps exclusivos. Por exemplo, ao trocar sms com uma pessoa, quando levamos o aparelho ao ouvido ele "entende" que queremos ligar para essa pessoa; antes de desligar a tela, ele verifica se você está olhando para ela e, caso positivo, a mantem ligada; você pode mudar um atalho de tela com o movimento do aparelho; ele também controla automaticamente a rotação da tela pela posição da sua cabeça. E por aí vai...

Ele conta também com o pop up browser e vídeo. O pop up browser é um recurso que uso muito. Ele abre um link num navegador que ocupa apenas parte da janela. Ele pode ser movido, redimensionado ou ampliado para ocupar a tela toda. Muito útil quando você abre um link no facebook ou twitter, por exemplo, e continua navegando enquanto espera esse link abrir. E o pop vídeo usa o mesmo conceito do browser, mas ele roda vídeos (dã!).

Também temos o recurso da multi-janela, onde é possível dividir dois apps na tela para usá-los simultaneamente. É possível, por exemplo, usar a internet e o app de mapas ao mesmo tempo. E você pode redimensionar a janela para que um fique maior do que o outro.

São tantas características, que pretendo fazer um artigo especificamente sobre esse assunto. Mas o fato é que todos os recursos que a Samsung implantou diferencia seus aparelhos dos demais fabricantes, oferecendo uma identidade própria, mas como benefícios aos seus donos. Esse é o tipo de personalização que faz sentido na minha opinião. Não se trata apenas de mudar a aparência, mas de oferecer algo a mais. E o melhor é que a maioria dos novos aparelhos virão com essa interface.

S-Pen

Quando comprei meu primeiro Note, a S-Pen não foi um dos fatores da minha escolha, apesar da Samsung ter dado muita ênfase à essa característica do foblet da Samsung. E realmente foi um item que usei muito pouco, já que raramente desenhava e sempre achava mais prático interagir com o celular usando as mãos.
Essa opinião só começou a mudar quando, ainda no Note I, experimentei a versão 4.1 do Android, personalizada pela Samsung, que tinha colocado alguns truques novos para a caneta. E o Galaxy Note II já vem de série com essa versão, com todos os truques e ainda mais alguns.
Aproxime a S-Pen da tela e você terá uma
pré-visualização do email. Isso também pode
ser feito em pastas, imagens e vídeos.

A caneta do Galaxy Note II melhorou bastante em relação ao Note I. Ela não é apenas maior, como também é mais "gordinha", melhorando a "pegada", a sensação de segurá-la. O botão na caneta que aciona algumas funções está melhor posicionada e, ao contrário do Note I, não é apertada constantemente por engano. A ponta da caneta tem uma espécie de mola que, ao tocar na tela, dá uma sensação que estamos usando uma caneta esferográfica, algo que gostei muito. No Note I, a ponta era fixa e dava a sensação que você estava prestes a riscar a tela (é apenas uma sensação, pois garanto que a caneta não risca a tela do Note I).

A resposta da S-Pen melhorou muito, apresentando um atraso bem menor no desenho em relação ao Note I. Ficou um atraso mínimo, mas ele ainda está lá. Ela agora tem 1024 níveis diferentes de pressão, contra 256 do Note I (quanto maior o número de níveis, melhor a detecção da pressão da caneta, permitindo reconhecer quando você quer desenhar uma linha mais grossa ou fina, por exemplo).

Mas o melhor da S-Pen é que ela aprendeu a fazer coisas legais. Por exemplo, quando estamos na galeria de fotos, aproximar a caneta da tela sem tocá-la (isso é incrível) ele abre uma pré-visualização das imagens daquele álbum; no email, aproximar a caneta permite visualizar o assunto e um trecho da mensagem, sem abri-la; no modo vídeo, é possível ver um trecho do vídeo, avançá-lo e retrocedê-lo. Enfim, são muitas novas possibilidades, algo que pretendo detalhar melhor num futuro artigo.

Algo que sempre me preocupou no Galaxy Note I é o fato de que poderia esquecer a caneta em algum lugar e nunca mais encontrá-la. Felizmente, no Galaxy Note II, a Samsung implantou um sensor que percebe quando a caneta foi retirada do smartphone. E ele dispara um alarme quando você se distancia demais da caneta, evitando esquecê-la em algum lugar.


Preços/ concorrentes

O Galaxy Note II pode ser encontrado na faixa entre 1500 (à vista, em promoções) e 2100 (preço de lançamento) reais. É um preço salgado para a maioria dos bolsos, mas que compensa se você estiver à procura de um aparelho com uma vida longa. Veja por exemplo o Galaxy SII, que foi lançado à praticamente 2 anos (abril de 2011) e ainda está na ativa, inclusive recebendo o Android 4.1 e com promessa da Samsung de que será atualizado para o Android 4.2.

Além da vida longa, você terá um dos melhores aparelhos do mundo. Mesmo já existindo aparelhos com características técnicas superiores, como o Optimus G Pro e o HTC One, nenhum deles possui a S-Pen, a tela Amoled e a personalização da Samsung (que, com os recursos extras, hoje faz a diferença). Some o fato de que nenhum desses aparelhos que citei ainda foram lançados no Brasil.

Quem irá bater de frente com o Note II é o Galaxy S4, que tem um hardware ainda mais potente que o Note II. Porém, o S4 não virá com a S-Pen e, mesmo possuindo poder de processamento superior, o hardware do Note II ainda sobra e o preço inicial do S4 será de 2400 reais, bem acima do preço do segundo Note. O que realmente é interessante no S4 são os novos recursos da interface (que é possível que seja implantado no Note II via atualização) e a tela Super Amoled Full HD.

Conclusão

Aqueles que procuram um aparelho para passar o dia inteiro fora da tomada, que tenha uma tela enorme, mas ainda seja compacto, adoram recursos extras, querem poder de processamento de sobra e usam o smartphone como uma extensão do seu computador irão encontrar no Galaxy Note II o parceiro ideal. Já testei diversos aparelhos, mas até hoje nenhum aparelho atendeu minhas necessidades como ele, achando difícil encontrar um substituito, pelo menos até o Note III. Mas nem tudo são flores, pois o seu elevado preço e o tamanho da tela (que é algo fantástico para alguns e péssimo para todos) pode lhe afugentar desse aparelho. Por isso, teste o aparelho. Se se sentir confortável com a tela, pode comprar sem medo. Você não irá se decepcionar.
O Note II ainda tem um Led de notificações, muito útil para avisar
sobre mensagens, ligações e carga da bateria.



Fontes: GSM Arena, sammobile

2 comentários:

  1. Tudo bem, que a própria Samsung considera o S4 o melhor smartphone do mundo, mas isto é questão de marketing pois, há 02 dias adquiri meu GNT2 e honestamente, jamais trocaria ele pelo S4. Ele é perfeito em tudo, tudo mesmo. Certo que o S4 tem recursos impressionantes, mas cá pra nós, de que adianta você gastar quase 2.500,00 num aparelho que vem com 16GB de memória interna onde desta 8GB já vem comprometida de fábrica com aplicativos natos da Samsung. Aí você é obrigado a comprar um cartão de memória se quiser usufruir mais do aparelho e vale lembrar que a bateria ñ chega nem aos pés do GNT2. O S4 possui um processador muito forte porém seu corpinho é muito frágil para um Snapdragon, se você abrir vários aplicativos simultâneos terá a impressão que o S4 irá explodir. Agora vai ver se GNT2 acontece isto, nunca. GNT2, imbatível e na minha opinião o melhor smartphone do mundo.

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    1. DJ, realmente o S4 é um dos melhores aparelhos do mundo (na minha opinião, hoje é difícil dizer qual é o melhor) e ele é sim mais poderoso do que o Galaxy Note II: processador, resolução da tela, GPU, barômetro, sensor de temperatura, câmera, recursos de software... É um aparelho tentador! Mas ainda fico com o Note II por causa da tela maior e porque o poder de processamento é mais do que suficiente para qualquer app do Android. Hoje, os aparelhos tops tem hardware sobrando para o software. Então, excluindo os benchmarks, é difícil perceber alguma diferença entre os aparelhos top.

      Por isso, acredito que você está certo em não trocar. O aparelho tem que atender às suas necessidades. É isso que acontece com o Note II em relação à mim. Mas, no meu caso, será difícil resistir ao Note III... ;-)

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