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20/11/2013

Motorola Razr D3 - Review

O Razr D3, assim como o seu irmão menor, o D1, fizeram parte de uma estratégia acertada da Motorola, que lançou bons aparelhos com um preço abaixo da concorrência. Não que, custando acima de 600 reais, o Razr D3 seja barato para o bolso do brasileiro. Mas, pelo que oferece, ele é um dos melhores custo x benefício do mercado. Antes do D3, um aparelho com hardware equivalente à ele não saía por menos de 1100 reais. E mesmo que você não tenha comprado ou gostado do D3, ele ainda ajudou todo mundo de uma forma: Barateou e melhorou os aparelhos intermediários dos concorrentes. E a Motorola continua com a mesma estratégia, ao anunciar recentemente o Moto G. Mas será que o D3 continua sendo uma boa compra? Leia nossa análise e descubra!

Design

O Razr D3 é um aparelho que segue o design pré- Google da Motorola: Assim como o resto da linha Razr, o D3 tem um formato retangular, com os cantos levemente chanfrados. Em suas laterais, é possível ver os parafusos, mas eles não passam a sensação de um produto mal-acabado; muito pelo contrário, aumentam ainda mais o ar de robustez do aparelho.

Sua área frontal não possui botões, sejam físicos ou capacitivos. Quase toda ela é preenchida por um vidro, protegido por um plástico, fino nas bordas e espesso nas áreas superior e inferior. A tampa traseira não é removível, impedindo a troca da bateria. Ela possui uma textura que evita marcas de dedo e arranhões. Apesar de lembrar o kevlar usado nos Razr i e Razr HD, a tampa é inteiramente feita em plástico e basta tocá-la para descobrir isso..



Na região inferior, existe apenas o microfone; na superior, está o conector P2 para fones de ouvido; na lateral direita, é possível encontrar o botão de liga/ desliga e também o do volume.

Já na lateral esquerda existem duas borrachas, onde uma  protege os dois slots dos cartões SIM Card (apenas um, na versão single chip - o outro slot fica lacrado neste caso) e a outra dá acesso ao cartão micro SD.

Por causa deste visual mais robusto, o Razr D3 atrai mais o público masculino, principalmente na versão preta. Mas também existe uma versão na cor branca (apenas o plástico, já que o vidro frontal continua sendo preto), que faz sucesso tanto entre os homens, como entre as mulheres.

Características


  • Tela LCD TFT de 4 polegadas, 480x800, dens. 233ppi
  • CPU dual core 1,2GHz
  • 1GB RAM, 4GB mem. interna+slot cartão micro SD
  • câm. tras. 8MP, c/ auto foco, flash, HDR, film. 720p
  • câm. frontal 1.2MP
  • Android 4.1 (Jelly Bean)
  • 3G HSDPA até 7.2Mbps 
  • wi-fi b/g/n, bluetooth 4.0
  • A-GPS
  • rádio FM
  • bateria 2000 mAH
  • dimensões: 119.3 x 59.8 x 9.8 mm
  • peso: 120 gramas


Hardware/ Tela

Em seu lançamento, o D3 chamou a atenção justamente pelo hardware que oferecia, custando menos de 800 reais: processador dual core de 1,2GHz, 1 GB de memória RAM, câmera traseira de 8MP com foco automático, flash e suporte à HDR, bateria de 2000 mAh... Na época, não algo tão bom custando tão pouco... E a Motorola ainda lançou o aparelho com o Android 4.1, recente na época, garantindo sua atualização para a próxima versão (e até hoje isso não aconteceu, diga-se de passagem...).

Hoje, a concorrência já oferece boas opções ao D3. Mas ainda sim ele continua sendo um ótimo aparelho e o seu preço caiu para a faixa de 600~750 reais, mantendo-o como uma opção vantajosa.

Sua tela, de 4 polegadas, oferece a resolução de 480x800 pixels e uma densidade de 233 ppi. Ela é do tipo LCD e usa um painel TFT, de 16 milhões de cores. Apesar de não ter nada de extraordinário em suas características, é uma tela que oferece imagem de ótima qualidade e que não irá decepcionar. Talvez alguns a achem um pouco pequena, já que uma parte da tela é utilizada pelos botões virtuais do Android: voltar; home e multi-tarefa, mas pelo menos durante os testes não tive essa impressão. Uma característica boa é que esses botões "desaparecem" ao reproduzir um vídeo, utilizando toda a tela.

Interface

Em tempos onde quase todos os fabricantes querem criar uma interface própria para diferenciar seus aparelhos dos concorrentes, a Motorola tomou a decisão acertada de manter a versão original do Android 4.1 quase puro. Ela manteve a paleta de cores, fontes, efeitos de transições, formato dos ícones e menus, enfim, praticamente tudo igual à interface idealizada pelo Google. E no pouco que ela mexeu, adicionou funções interessantes e que melhoraram a experiência do usuário.

Ela colocou um menu de atalho para habilitar e acessar algumas funções como wi-fi, bluetooth,dados móveis, modo avião, etc, que pode ser acessado ao deslizar para a primeira tela do aparelho. Ainda acho mais prático inserir esses atalhos no menu de notificações. Mas ficou melhor do que a implantação utilizada pela LG, que "rouba" metade do espaço do menu de notificações para seus atalhos, atrapalhando justamente a visualização das notificações...

A Motorola também inseriu áreas de trabalho pré-determinadas. Você pode criar uma janela com funções de multimídia, ou de escritório, por exemplo. Se preferir, pode ser criada uma janela em branco mesmo, onde você pode personalizá-la à vontade.

O D3 também vem com o excelente Smart Actions, que permite configurar o aparelho para executar determinadas funções de acordo com o horário ou a localização (usando o GPS). Por exemplo, você pode configurar o D3 para desativar o 3G e usar o wi-fi sempre que chegar ao trabalho; também pode desativar as notificações e entrar em modo silencioso entre as 22hs e as 6hs. Essas e muitas outras funções podem ser configuradas usando o Smart Actions, inclusive para poupar bateria.

Por fim, existe um detalhe que a Motorola incluiu e que, apesar de simples, funciona muito bem: trata-se de um widget que exibe três notificações simultaneamente: Hora, previsão do tempo e nível da bateria. O interessante é que, ao interagir com ele, são exibidas informações como mensagem de texto, temperatura em outras cidades e o menu de configurações. É algo simples, mas que gostei muito, é muito bonito e que gostaria de ver em outros aparelhos.

Mesmo preferindo uma interface com Android puro (ou quase puro), confesso que faz falta o aparelho trazer um gerenciador de arquivos pré-instalado, ou a Motorola resolver algumas falhas do sistema Android, como por exemplo a falta de uma opção nativa para salvar fotos no cartão de memória, principalmente em um aparelho que só traz 2,26GB livres na memória interna. Ambos os casos podem ser contornados com a instalação de apps, mas essa é uma prova de que trazer alguns itens nativamente nos faz ganhar tempo.

Desempenho

Diria que o D3 consegue rodar bem 90% dos apps que estão na Play Store. Os apps que testei rodaram sem problemas. Jogos casuais como Subway Surfers, Candy Crush e Temple Run 2 também rodaram liso no D3, raramente apresentando algum engasgo.

Games mais pesados como Dead Trigger 1 e 2 também rodaram muito bem, com um nível de detalhe um pouco menor, mas com uma jogabilidade ótima. Já o Asphalt 7 e o Real Racing 3 rodaram com uma taxa de quadro e nível de detalhes menores do que os encontrados em aparelhos top. Mas isso não prejudicou a jogabilidade, que continuou muito boa e é algo de se esperar no D3, já que ele custa 3 ou 4 vezes menos o valor de aparelhos top.

Infelizmente, ele não rodou o game Asphalt 8, algo que já havia acontecido ao testar aparelhos como o L4 II, Galaxy SII TV e L5 II. Aparentemente, esse jogo só roda em aparelhos com um hardware mais poderoso. Algo importante a mencionar também é que, para rodar o Real Racing 3, foi necessário desinstalar todos os jogos, pois ele ocupa quase toda a memória disponível no D3.

Outro detalhe importante que notei é que o aparelho esquenta muito. Isso acontece principalmente em jogos pesados, mas notei que mesmo ao usar alguns apps simples por algum tempo, a tampa traseira esquentou bastante. Vou fazer mais alguns testes e atualizo a matéria sobre esta questão.

Câmera

Com 8MP, auto foco, flash de led e modo HDR, a câmera do Razr D3 impressiona em suas características. Mesmo não filmando em full HD, 720p também é um bom valor, já que existem vários aparelhos intermediário que ainda filmam em 480p. Mas infelizmente a Motorola fez juz a sua má fama com câmeras de celulares. Não que a câmera do D3 seja ruim, já que ela registrou fotos muito boas. Só que esperávamos mais, pelas suas características.

Mesmo com uma boa qualidade, as fotos ficaram inferiores às registradas pelo Galaxy SII TV, por exemplo, que possui uma câmera de apenas 5MP. Isso é uma prova de que sensor não é tudo (mas ajuda, é verdade).

Fotos em ambientes fechados apresentaram bastante ruído (pontos coloridos na imagem). Fotos noturnas ficaram com uma qualidade ruim, sendo obrigatório o uso do flash, que neste caso ajudou bastante.

Mas existem boas notícias também. A filmagem em 720p ficou acima da média. E ainda é possível dar zoom durante a gravação. A velocidade do disparo da câmera é muito boa. Apesar de não ter muitos recursos, o app da câmera oferece boas opções e é o suficiente para a maioria dos usuários.

A crítica maior é que não é possível salvar as fotos diretamente no cartão de memória, obrigando à movê-las manualmente depois (com um app de gerenciamento de arquivos que é preciso baixar na Play Store, já que o D3 não traz um nativamente). A outra opção é usar um outro app de câmera, que também pode ser baixado na Play Store.

Dual chip

O Razr D3 possui versões com suporte a 1 e 2 chips. No caso da versão dual chip, a Motorola acrescentou um item dentro do menu de configurações exclusiva para essa função. Nela, é possível renomear cada um dos chips, alterar cor e ícone, auxiliando na diferenciação entre eles. Também é possível definir qual SIM Card terá acesso à rede de dados e em qual tipo de rede, 2G ou 3G. Somente um dos chips pode acessar à rede por vez. E somente um deles terá acesso à rede 3G, o outro ficará em 2G (Edge).

O D3 tem suporte ao dual standby, ou seja, apenas um dos chips ficará ativo durante as ligações. Por exemplo, ao realizar uma chamada pelo chip 1, o chip 2 ficará inativo até o encerramento da ligação; ao receber uma chamada no chip 2, o chip 1 ficará inativo até o encerramento da ligação. Ligações para o chip que estiver inativo entrará na caixa postal. Enquanto nenhum dos chips estiver em uso, ambos ficam disponíveis para realizar ou receber chamadas.

Fazer ligações utilizando um cos chips no D3 é bem simples. Basta escolher o contato ou discar o número e depois clicar no botão "SIM 1" ou "SIM 2", selecionando o chip que fará a chamada. O mesmo se aplica ao digitar mensagens de texto onde, depois de escolher o contato, digitar a mensagem e clicar em "enviar", é exibido os dois botões para escolha do chip. O único problema deste formato é que, se você utiliza um app de mensagens ou ligações de terceiros, não conseguirá escolher o SIM que fará a ligação ou enviará a mensagem, sendo necessário antes entrar nas configurações e definir com chip ficará ativo.

Bateria

Com 2000 mAh, o D3 tem uma bateria de respeito. Porém, durante os testes ela não conseguiu resistir à um dia completo de carga. Claro que utilizei muito os recursos do aparelho, rodando games, navegando na internet, tirando fotos... Mas acreditava que a bateria fosse durar um pouco mais. Durante os testes em jogos, o D3 foi de 56% para 15% em 2 horas. Nos testes de navegação na internet, câmera, email e redes sociais, com uso intenso, o D3 foi de 100% à 20% em 7 horas. Farei mais testes e depois irei atualizar essa matéria. Porém, me parece que o Smart Actions se fará realmente necessário no D3.

Preço/ concorrentes

Lançado por 800 reais, hoje não é difícil encontrar o D3 na faixa dos 600 reais. É só fazer boas pesquisas de preço. Por este valor, você ainda tem um aparelho com bom custo x benefício, apesar de que a concorrência já encostou. Hoje em dia a situação para o D3 não é assim tão vantajosa, pois a LG já lançou o L5 II e L7 II; a Samsung também disponibilizou o SII TV, além de baixar o preço do SII Lite, SIII mini e lançar o SIII duos; a Sony tem o Xperia L, com um bom hardware; e a Nokia tem o Lumia 720 e 820. Todos estes aparelhos tem mais ou menos o mesmo hardware e o mesmo preço do D3. Claro, o D3 continua se saindo muito bem, mas hoje em dia existem outras opções.

E ainda tem  o Moto G, ameaçando canibalizar as vendas do D3. O Moto G promete causar o furor que o D3 causou em seu lançamento, oferecendo um hardware muito bom por um preço muito abaixo dos concorrentes. Comparado com o D3, o Moto G tem uma tela maior (4,5" contra 4"), de resolução melhor (720x1280 contra 480x800), melhor processador (quad core 1.2GHz contra dual core 1.2GHz) e mais memória interna (8GB contra 4GB). No entanto, o D3 ganha na câmera (8MP contra 5MP) e no slot micro SD, que o Moto G não tem. O Moto G também tem o Android mais atualizado, mas como existe a promessa de atualização por parte da Motorola, o Razr D3 deverá ser atualizado também. É uma escolha difícil, mas acredito que muitos irão optar pelo Moto G por ser um lançamento e despertar maior interesse.

Conclusão

Não é à toa que o Razr D3 vendeu "como água" em seu lançamento, ficando até sem estoque em várias lojas. Um bom conjunto com um preço ótimo fizeram dele um aparelho imbatível em custo x benefício. Hoje a história não é mais bem assim, pois os outros fabricantes também lançaram boas opções e até mesmo a Motorola está lançando um concorrente à altura, ameaçando canibalizar as vendas do D3. Mas isso não lhe tira o mérito de continuar sendo um ótimo aparelho. E, com tanta concorrência, será ainda mais fácil encontrar o D3 com um bom desconto, mantendo-o como uma das melhores opções do mercado.

3 comentários:

  1. Gosto muito dos seus videos , são otimos, será que vc poderia fazer um review do Lg Optimus F5 P875?

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  2. Parabéns pelos vídeos. Gosto bastante como também os da Stella em " Eu testei". Parabéns turma!!

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  3. Olá.
    Eu gostaria de saber se da pra tirar foto enquanto filma no razr D3?

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